Quando decidimos começar a tentar engravidar, muitas vezes a primeira preocupação é com a nossa própria saúde reprodutiva.
É natural pensar que, se tivermos algum problema, precisamos de cuidados médicos. Mas e o nosso parceiro? Quando devemos considerar investigar a saúde reprodutiva dele também?
Essa é uma dúvida que muitas mulheres têm e a resposta está na leitura deste artigo. Sou a Dra. Jaqueline Neves, especialista em fertilidade e saúde reprodutiva e quero ajudar mulheres tentantes a alcançar o sonho da maternidade.
A importância de abordar a saúde reprodutiva do casal
A saúde reprodutiva não envolve apenas o que acontece com o corpo da mulher, mas também entender como está a saúde do homem.
Quando estamos tentando engravidar e as tentativas não têm sucesso, muitas vezes a primeira investigação recai sobre a mulher. No entanto, é importante lembrar que a fertilidade é uma questão compartilhada.
A qualidade do esperma do homem desempenha um papel fundamental na concepção. Cerca de um terço dos casos de infertilidade envolve fatores masculinos.
Sinais que indicam a necessidade de investigar a saúde reprodutiva do parceiro
Existem alguns sinais que podem indicar que é hora de investigar a saúde reprodutiva do seu parceiro. Se você está tentando engravidar e o processo não está ocorrendo de forma natural, é importante observar quando a investigação de fertilidade masculina pode ser necessária.
- Tentativas de gravidez sem sucesso
O principal sinal é, sem dúvida, o tempo que o casal tem tentado engravidar sem sucesso. Se você já tentou engravidar por um ano ou tem mais de 35 anos de idade, pode ser hora de investigar a saúde reprodutiva de ambos. Embora o fator feminino seja muitas vezes mais explorado, o homem também deve ser avaliado nesse processo. - Histórico de doenças ou condições que afetam a fertilidade
Algumas condições de saúde podem comprometer a fertilidade masculina. Entre elas podemos destacar a varicocele (dilatação das veias dos testículos), infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), ou problemas hormonais. Além disso, se houver um histórico de cirurgias que envolvam os testículos ou os órgãos reprodutivos, isso também pode influenciar a saúde reprodutiva dele. - Idade avançada
Embora a fertilidade masculina tenha uma queda mais gradual do que a feminina, ela também diminui com a idade. Homens com mais de 40 anos podem ter um número menor de espermatozoides de boa qualidade, o que pode influenciar a fertilidade. Se o seu parceiro se encontra nessa faixa etária, talvez seja hora de pensar em realizar exames para avaliar a saúde reprodutiva dele. - Alterações no esperma
Se o seu parceiro tem alterações visíveis no esperma, como um volume muito baixo ou consistência diferente, isso também pode ser um sinal de que algo não está funcionando corretamente. Embora essas alterações não sejam sempre indicativas de infertilidade, é um bom motivo para procurar um especialista. - Problemas de ereção ou ejaculação
Qualquer tipo de disfunção erétil ou dificuldade para ejacular pode afetar a fertilidade masculina. Problemas de ereção ou ejaculação precoce podem interferir na entrega do esperma, o que pode dificultar a concepção. Nesse caso, é importante que o seu parceiro busque orientação médica.
Como investigar a saúde reprodutiva do parceiro
Quando decidimos investigar a saúde reprodutiva do nosso parceiro, o primeiro passo é buscar um urologista ou especialista em fertilidade masculina.
O exame inicial geralmente envolve uma análise do esperma, chamado espermograma. Esse exame avalia a quantidade, a qualidade, a motilidade e a morfologia dos espermatozoides.
Com isso, o médico pode identificar problemas como oligospermia (baixo número de espermatozoides), azoospermia (ausência de espermatozoides) ou espermatozoides com formas irregulares.
Além do espermograma, outros exames podem ser realizados, como exames hormonais para verificar a presença de hormônios essenciais à fertilidade e ultrassonografias para investigar problemas como a varicocele.
Se o diagnóstico de infertilidade for identificado, o médico pode sugerir tratamentos, como mudanças no estilo de vida (dieta, exercícios), medicamentos ou, em alguns casos, técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial ou fertilização in vitro (FIV).
A comunicação é peça fundamental
Quando o assunto é a saúde reprodutiva, a comunicação entre o casal é essencial.
Falar sobre os exames, preocupações e sentimentos de ambos pode ajudar a reduzir a ansiedade e tornar o processo mais tranquilo.
O apoio emocional é fundamental para que ambos sintam-se acolhidos e compreendam que estão lidando com um desafio mútuo..
O papel do ginecologista no planejamento familiar
E você, já conversou com o seu parceiro sobre a importância de investigar a saúde reprodutiva dele? Como tem sido essa jornada?
Embora o ginecologista seja especialista na saúde reprodutiva feminina, ele também pode orientar o casal sobre a importância de investigar a saúde do parceiro. Trabalhando juntos, podemos ajudar a planejar a melhor abordagem para a concepção e identificar possíveis problemas com antecedência.Se você está preocupada com sua saúde reprodutiva ou com a do seu parceiro, agende aqui sua consulta. Juntos, podemos avaliar os passos para uma gravidez saudável e tranquila. Vamos conversar sobre a melhor forma de cuidar da saúde de vocês!