Dra Jaqueline Neves

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Diabetes Gestacional: Orientações para Gestante e Bebê

Receber o diagnóstico de diabetes gestacional pode ser preocupante. Porém, com as informações corretas e com o acompanhamento profissional, fica muito mais fácil e tranquilo lidar com esse problema.

No mês de novembro é celebrado o Mês Mundial do Diabetes, um período dedicado em aumentar a conscientização sobre essa condição de saúde que afeta milhões de pessoas ao redor de todo o mundo.

Dentro desse grande grupo, existe um tipo de diabetes que, muitas vezes, acaba não recebendo a devida atenção, a diabetes gestacional.

Esta é uma condição que afeta mulheres grávidas e que pode ter impactos bem sérios tanto para a mãe quanto para o bebê.

O diabetes gestacional é uma condição de saúde que se desenvolve durante a gravidez, quando o corpo da mulher não consegue produzir ou usar insulina de uma maneira realmente eficaz.

Isso leva a níveis altos de glicose no sangue. Por isso, se não for feito o controle certo, pode ter algumas consequências.

Em homenagem ao Mês Mundial do Diabetes, vamos falar um pouco mais sobre essa condição. Bem como alguns cuidados e orientações que podem ajudar as mamães a evitarem esse quadro durante a gestação. Acompanhe!

 

O que é diabetes gestacional?

O diabetes gestacional é uma condição de saúde que se manifesta durante a gravidez, que se caracteriza pelos altos níveis de glicose no sangue.

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas mudanças hormonais que podem afetar como a insulina age no organismo, o hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue.

Quando o corpo não consegue usar a insulina de forma eficaz, se desenvolve o diabetes gestacional. Isso pode acontecer em qualquer fase da gravidez e, geralmente, desaparece após o parto.

Contudo, o grande problema é que o desenvolvimento do diabetes gestacional pode estar associado a diversos fatores de risco como, por exemplo:

  • Histórico familiar;
  • Idade avançada;
  • Obesidade ou ganho de peso excessivo durante a gravidez;
  • Histórico de diabetes gestacional,
  • Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).

 

Em quadros de diabetes gestacional, o diagnóstico precoce tem uma função muito importante na gestão eficaz dessa condição. 

Isso porque, quando esse tipo de diabetes não recebe o tratamento certo, pode levar a complicações para a mãe e para o bebê, incluindo riscos de hipertensão gestacional, parto prematuro e bebês com um peso acima do normal. 

Além disso, as gestantes com diabetes gestacional têm um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Portanto, o diagnóstico precoce do diabetes gestacional permite a adoção de medidas preventivas adequadas e em tempo, para ajudar a gestante a manter os níveis de glicose sob controle, garantindo uma gravidez mais saudável e segura.

 

Diagnóstico do diabetes gestacional e acompanhamento médico

O diagnóstico do diabetes gestacional começa com testes de triagem para avaliar a tolerância da gestante à glicose.

O teste mais comum é o Teste de Tolerância à Glicose Oral (TTGO), onde a gestante ingere uma solução açucarada. Em seguida, faz uma série de exames de sangue para medir os níveis de glicose em alguns intervalos.

Além disso, o Teste de Tolerância à Glicose Oral de 3 horas (TTGO-3h) também costuma ser bastante indicado. Ele envolve a ingestão de uma solução mais concentrada de glicose e exames de sangue em intervalos de 1, 2 e 3 horas.

Se os níveis de glicose permanecerem altos em dois ou mais desses exames, têm-se o diagnóstico de diabetes gestacional.

O diabetes gestacional foi confirmado e agora?

Nesses casos, o acompanhamento pré-natal se torna ainda mais crucial. Durante o pré-natal, a equipe de saúde vai monitorar de perto os níveis de glicose da gestante e o seu bem-estar geral. 

Assim, é possível fornecer orientações sobre dieta, atividade física e medicação.

Dessa forma, o acompanhamento médico regular durante a gestação de uma mulher com diabetes gestacional, é essencial para garantir o gerenciamento correto da condição e que ela tenha uma gravidez saudável, preservando a sua saúde e a do eu bebê.

 

Plano alimentar e exercícios

Como você deve imaginar, manter uma alimentação saudável é essencial para mulheres que recebem o diagnóstico de diabetes gestacional.

Por isso, é indispensável que essas gestantes busquem ajuda de profissionais qualificados, para uma dieta equilibrada e adequada para esse momento. Geralmente, as recomendações alimentares para quadros de diabetes gestacional incluem:

  • Controle de carboidratos: monitorar a ingestão de carboidratos é fundamental, já que eles possuem um grande impacto nos níveis de glicose no sangue;
  • Inclua proteínas magras: as proteínas são muito importantes para o desenvolvimento do feto. Por isso, podem estar no plano alimentar;
  • Fibras e vegetais: alimentos ricos em fibras, como frutas e vegetais, ajudam a controlar os níveis de glicose e a manter um peso saudável;
  • Refeições pequenas e frequentes: dividir a alimentação em refeições menores e mais frequentes pode ajudar a evitar picos de glicose no sangue.
  • Hidratação: beber bastante água é importante para evitar a desidratação, que pode afetar os níveis de glicose.

 

Manter um controle glicêmico rigoroso é essencial para prevenir complicações durante a gestação. Afinal, o diabetes gestacional não controlado pode aumentar o risco de complicações, como pré-eclâmpsia e bebês com peso acima do normal.

Além disso, conseguir fazer um bom controle glicêmico pode ajudar bastante a evitar a necessidade de medicação ou insulina, tornando a gestação mais segura para a mãe e para o bebê.

Aliás, a prática de exercício físico moderado também pode ser indicada. Afinal, desempenha um papel importante na gestão eficiente do diabetes gestacional. 

Fazer caminhadas, natação ou ioga, por exemplo, ajuda a controlar os níveis de glicose, manter um peso saudável, aliviar o estresse e até mesmo preparar a mãe para o parto.

 

Tratamento e monitoramento do diabetes gestacional

Em alguns casos, apesar dos esforços para controlar o diabetes gestacional por meio da dieta e dos exercícios, a gestante pode precisar incluir o uso de medicação no seu dia a dia.

O tipo de medicação prescrita pode variar conforme o quadro geral da paciente. Mas, geralmente, inclui o uso de insulina e de medicamentos hipoglicemiantes orais.

Certamente, a primeira etapa poderá ser tentar fazer o controle diretamente pela dieta equilibrada e pela prática de exercícios. Contudo, se o monitoramento mostrar que os resultados não estão sendo efetivos, a medicação pode entrar em cena.

Independente de qual for o caminho escolhido, é indispensável que a mamãe mantenha um acompanhamento e um monitoramento constantes do tratamento, bem como dos resultados que estão sendo obtidos.

Somente assim é possível garantir que a mãe e o bebê estejam seguros e livres de quaisquer complicações mais sérias.

 

Impacto no bebê e no parto

O diabetes gestacional não afeta apenas a saúde da mãe, mas também pode ter impactos no desenvolvimento do bebê ao longo da gestação.

Uma das complicações mais comuns é a macrossomia, que ocorre quando os bebês nascem grandes demais. Isso pode tornar o parto mais desafiador e aumentar a probabilidade de lesões durante o nascimento.

A hipoglicemia neonatal também pode acontecer. Após o nascimento, os bebês podem experimentar níveis baixos de glicose no sangue, pois o seu próprio pâncreas pode ter produzido mais insulina em resposta ao diabetes materno.

Além disso, bebês de mães com diabetes gestacional também têm um maior risco de desenvolver problemas respiratórios e diabetes tipo 2 ao longo da vida.

 

Dicas para um pós-parto saudável

Você teve diabetes gestacional e quer saber o que fazer para ter um pós-parto mais saudável?

Felizmente, existem algumas estratégias que podem te auxiliar nesse processo. Após o parto, o acompanhamento médico deve continuar para garantir que a mãe se recupere bem e os níveis de glicose voltam ao normal.

Portanto, a mãe deve continuar realizando exames para monitorar os níveis de glicose no sangue e garantir que estejam dentro da faixa alvo.

Outra dica é manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios, pois podem ajudar a reduzir o risco associado à diabetes gestacional.

Nesse contexto, a atividade física regular não vai apenas ajudar a controlar os níveis de glicose, mas também melhorar a saúde cardiovascular e a saúde mental no pós-parto.

Mas lembre-se que você não precisa passar por esse momento sozinha. Contar com a ajuda de um profissional que entenda do assunto e que possa te ajudar, faz toda a diferença nesse momento.

Ao seguir as recomendações adequadamente, você poderá se recuperar muito bem e preservar a sua saúde no pós-parto.

 

Conte com ajuda especializada para tratar diabetes gestacional

Como vimos, o diabetes gestacional é uma condição que requer muita atenção e muitos cuidados. Por isso, a conscientização é a primeira etapa para enfrentar esse desafio com sucesso.

De todo modo, é fundamental lembrar que o diabetes gestacional não é um diagnóstico definitivo, mas sim uma condição que pode ser gerenciada com o apoio adequado e com a adoção de um estilo de vida saudável.

O diagnóstico precoce é crucial para a gestão eficaz do diabetes gestacional e o tratamento pode incluir medicação, se for necessário. Bem como a necessidade de um monitoramento rigoroso dos níveis de glicose e do quadro geral da mamãe.

Além disso, o acompanhamento médico após o parto é essencial para garantir uma recuperação saudável e mitigar os riscos de consequência mais graves no futuro.

Encorajamos todas as mães grávidas a procurarem apoio médico especializado e a adotarem um estilo de vida saudável. Com o acompanhamento adequado e personalizado, a gestação se torna uma jornada muito mais segura, tranquila e feliz!

Conheça mais sobre a Dra. Jaqueline Neves e agende a sua consulta pelo site! 

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