A Insuficiência Ovariana Prematura (IOP), também conhecida como falência ovariana precoce, é uma condição em que os ovários de uma mulher deixam de funcionar antes dos 40 anos.
Dessa forma, acaba comprometendo sua capacidade de ovular e produzir hormônios essenciais para a fertilidade.
Para muitas mulheres que enfrentam essa condição, o impacto emocional pode ser significativo, principalmente quando o desejo de ter filhos faz parte dos seus planos.
Felizmente, com os avanços médicos, existem estratégias eficazes para preservar a fertilidade em casos de IOP. Assim, muitas mulheres conseguem realizar o sonho da maternidade.
Neste post, vamos explorar os principais métodos e tecnologias disponíveis para mulheres com IOP preservarem sua fertilidade.
O Impacto da IOP na Fertilidade
A Insuficiência Ovariana Prematura (IOP) se caracteriza pela perda da função normal dos ovários antes dos 40 anos, afetando diretamente a fertilidade feminina.
Em condições normais, os ovários liberam um óvulo a cada mês como parte do ciclo menstrual.
No entanto, a Insuficiência Ovariana Prematura compromete esta função nas mulheres que sofrem com a condição, seja pela diminuição acelerada da reserva ovariana ou pela falha na liberação de óvulos.
Além de dificultar a concepção, a IOP também pode afetar os níveis hormonais, levando a sintomas como irregularidade menstrual, ondas de calor, secura vaginal e até mudanças de humor.
Mas esses sinais podem surgir de forma gradual ou abrupta, pegando muitas mulheres de surpresa.
Embora as causas da IOP não sejam sempre claras, fatores como predisposição genética, doenças autoimunes, tratamentos de quimioterapia e radioterapia ou até mesmo infecções, podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
Mas, independentemente da causa, o diagnóstico de IOP costuma representar um desafio emocional significativo, especialmente para mulheres que desejam ter filhos.
IOP: métodos para preservar a fertilidade
Diante dessa realidade, a boa notícia é que existem métodos modernos e eficazes para preservar a fertilidade, permitindo que as mulheres com IOP mantenham a esperança de engravidar.
Enfim, vamos explorar agora as principais estratégias disponíveis para garantir que o desejo de ser mãe não seja inviabilizado por essa condição. Confira!
Congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos ou criopreservação de oócitos, é uma das principais estratégias para preservar a fertilidade em mulheres com IOP.
Neste procedimento, coleta-se os óvulos por meio de um processo de estimulação ovariana, retirados dos ovários e congelados para uso futuro.
Esse método é especialmente indicado para mulheres diagnosticadas com IOP em uma fase ainda inicial, quando há uma chance de coletar óvulos saudáveis.
O congelamento de óvulos garante que as pacientes possam utilizá-los em um momento posterior, seja por meio de fertilização in vitro (FIV) ou outros tratamentos de reprodução assistida.
Como funciona o processo de congelamento de óvulos para mulheres com IOP?
O processo de congelamento de óvulos envolve algumas etapas fundamentais.
Estimulação ovariana
Nessa fase, a mulher recebe medicamentos hormonais específicos, como gonadotrofinas, para estimular os ovários a produzirem múltiplos óvulos em um único ciclo menstrual.
Durante esse período, que dura de 10 a 14 dias, monitora-se o crescimento dos folículos (estruturas que contêm os óvulos) por meio de ultrassonografias e exames hormonais para garantir que os óvulos atinjam maturidade adequada.
Coleta dos óvulos
Quando os folículos estão prontos, a médica administra uma injeção de HCG (gonadotrofina coriônica humana), responsável por induzir a liberação dos óvulos.
Cerca de 36 horas após essa injeção, realiza-se coleta dos óvulos por meio de uma aspiração folicular, um procedimento minimamente invasivo realizado sob sedação.
Em seguida, usa-se ultrassom para guiar uma agulha e inserir nos ovários, retirando os óvulos maduros.
Congelamento
Após a coleta, os óvulos passam por uma avaliação em laboratório. Desse modo, aqueles que estiverem saudáveis passam pelo processo de vitrificação, um método avançado de congelamento ultrarrápido que impede a formação de cristais de gelo dentro das células, preservando sua qualidade.
Os óvulos podem permanecer congelados por anos sem perda significativa de viabilidade. Então, estarão disponíveis para fertilização no momento que a mulher decidir utilizar.
Esse processo oferece uma solução eficaz para mulheres diagnosticadas com IOP ou que desejam preservar a fertilidade para o futuro. Afinal, é uma alternativa que proporciona maior controle sobre suas escolhas reprodutivas.
Fertilização In Vitro (FIV) com doação de óvulos
Para mulheres diagnosticadas com IOP em estágios mais avançados, onde a reserva ovariana já está severamente comprometida, a FIV com doação de óvulos pode ser uma alternativa.
Nesse caso, os óvulos de uma doadora são fertilizados com o sêmen do parceiro (ou de um doador) em laboratório. Em seguida, transfere-se o embrião para o útero da paciente.
Embora esse método não utilize os óvulos da mulher com IOP, ele oferece uma chance significativa de gestação e pode ser uma opção viável para quem deseja carregar e dar à luz o próprio filho.
Criopreservação de embriões
Outra estratégia para mulheres com IOP que já têm um parceiro ou doador de sêmen disponível é a criopreservação de embriões.
Neste caso, ao contrário do congelamento de óvulos, coleta-se e fertiliza-se os óvulos em laboratório, formando embrião para congelar e implantar futuramente.
Esse método oferece uma taxa de sucesso ligeiramente maior em comparação ao congelamento de óvulos isolados, pois embriões congelados são mais estáveis.
Contudo, é importante que a mulher esteja ciente de que os embriões são geneticamente relacionados ao parceiro no momento da fertilização.
Hormonioterapia e terapias experimentais
Algumas mulheres diagnosticadas com IOP podem se beneficiar de tratamentos hormonais para tentar estimular a ovulação, em especial se a falência ovariana ainda estiver em seu estágio inicial.
A administração de estrogênios e progestágenos pode ajudar a regular o ciclo menstrual e, em alguns casos, restaurar temporariamente a função ovariana, permitindo uma tentativa de gravidez.
Existem também terapias experimentais em desenvolvimento, como o uso de células-tronco para regeneração ovariana que estão sendo testadas em estudos clínicos.
Embora ainda não estejam amplamente disponíveis, essas novas tecnologias oferecem esperança para o futuro da preservação da fertilidade em mulheres com IOP.
Preservação da fertilidade em mulheres jovens com risco de IOP
Para mulheres jovens em grupos de risco para desenvolver IOP, como aquelas com histórico familiar da condição ou que necessitam de tratamentos médicos agressivos, como quimioterapia ou radioterapia, o congelamento de óvulos antes da perda da função ovariana é uma estratégia altamente recomendada.
Essa decisão pode garantir que essas mulheres possam ter filhos no futuro, mesmo que haja comprometimento severo da função ovariana mais tarde.
Preservando a fertilidade: planeje seu futuro com segurança
A Insuficiência Ovariana Prematura não precisa ser o fim do sonho da maternidade.
Com as estratégias modernas de preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos e embriões, bem como a fertilização in vitro com doação de óvulos, é possível que muitas mulheres diagnosticadas com IOP possam realizar o desejo de ter filhos.
Se você recebeu o diagnóstico de IOP ou está em risco de desenvolver essa condição, é essencial procurar orientação especializada para avaliar a melhor abordagem para o seu caso.
A Dra. Jaqueline Neves, ginecologista especializada em fertilidade, pode fornecer o suporte necessário para que você faça a escolha certa, garantindo um futuro reprodutivo mais seguro e tranquilo.
Agende já sua consulta com a Dra. Jaqueline Neves e explore as opções de preservação da fertilidade que melhor atendem às suas necessidades. Não deixe de buscar informações e tomar decisões informadas sobre o seu futuro!