A Insuficiência Ovariana Prematura (IOP) é uma condição médica que acontece quando os ovários de uma mulher deixam de funcionar corretamente antes dos 40 anos.
Também conhecida como falência ovariana prematura, essa condição afeta diretamente a produção de óvulos e de hormônios. Como consequência, pode resultar em infertilidade e outros problemas de saúde.
Apesar de muitas pessoas associarem a menopausa ao fim da função ovariana, a IOP é uma condição distinta, que pode ocorrer, até mesmo, em mulheres mais jovens.
Por isso, vamos conhecer todos os detalhes importantes sobre a Insuficiência Ovariana Prematura, os seus sintomas, causas e possíveis tratamentos.
Então, se você recebeu o diagnóstico de insuficiência ovariana prematura e está em busca de mais informações, continue acompanhando!
O que é Insuficiência Ovariana Prematura?
Em primeiro lugar, o que significa Insuficiência Ovariana Prematura?
O que chamamos de Insuficiência Ovariana Prematura, ou IOP, é um tipo de condição médica quando acontece de os ovários de uma mulher deixarem de funcionar adequadamente antes dos 40 anos.
Isso significa que, por algum motivo, os ovários não conseguem mais produzir níveis normais de hormônios reprodutivos. Desse modo, não liberam óvulos regularmente como deveriam. Isso acaba resultando em problemas de fertilidade.
Contudo, apesar da IOP ser confundida com a menopausa precoce em muitos casos, é importante entender que ambas as condições são diferentes.
Afinal, na IOP, as mulheres ainda podem ter menstruações normais e lidar com níveis hormonais flutuantes.
Em contrapartida, em casos de menopausa precoce, a menstruação cessa completamente e os níveis de estrogênio permanecem consistentemente muito baixos.
Principais sintomas da Insuficiência Ovariana Prematura
Existem alguns sintomas comuns e bastante característicos dos quadros de Insuficiência Ovariana Prematura. Dessa forma, as mulheres conseguem observar que algo não está funcionando como deveria.
Nesse sentido, alguns dos sintomas mais comuns da IOP podem incluir:
- Irregularidade menstrual (que pode incluir ciclos menstruais irregulares ou totalmente ausentes por vários meses);
- Ondas de calor;
- Alterações de humor;
- Diminuição da libido;
- Secura vaginal,
- Dificuldade para conseguir engravidar.
Além desses sintomas mais comuns, em estágios mais avançados de IOP, também podem ocorrer sintomas associados à deficiência de estrogênio, como a osteoporose precoce.
Quais podem ser as causas da Insuficiência Ovariana Prematura?
A Insuficiência Ovariana Prematura pode acabar se desenvolvendo por conta de causas variadas, sendo algumas das principais e mais comuns, por exemplo:
- Causas genéticas: anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Turner ou outras condições genéticas que possuem a capacidade de afetar os ovários;
- Fatores autoimunes: quando o sistema imunológico ataca erroneamente os tecidos ovarianos;
- Causas iatrogênicas: são causas que podem ser resultantes de tratamentos médicos como quimioterapia, radioterapia ou cirurgias que afetam os ovários;
- Fatores ambientais: casos de alta exposição a toxinas ambientais, como produtos químicos industriais, que pode afetar a função ovariana normal;
- Causas idiopáticas: em alguns casos, a causa da IOP não é identificada, o que chamamos de idiopática,
- Doenças autoimunes: alguns distúrbios como o hipotireoidismo de Hashimoto também podem acabar causando a IOP.
Opções de tratamento para a Insuficiência Ovariana Prematura
Felizmente, existem algumas opções de tratamento para quadros de IOP.
Elas costumam envolver abordagens mais focadas em aliviar os sintomas da deficiência hormonal e mitigar os potenciais impactos que ela pode causar no longo prazo na saúde feminina.
Dessa forma, as opções de tratamento para Insuficiência Ovariana Prematura incluem:
Reposição Hormonal
A reposição estrogênica é um aspecto fundamental para corrigir a deficiência hormonal causada pela IOP. Afinal, ela ajuda a prevenir complicações como perda óssea, risco cardiovascular e possíveis déficits cognitivos.
Progestágenos
Em mulheres com útero intacto, o uso de progestágenos, como a progesterona micronizada, pode ser uma recomendação para proteger o endométrio.
E para mulheres que desejam contracepção, é possível optar pelo DIU com levonorgestrel ou contraceptivos hormonais combinados.
Tratamento de fertilidade
Para mulheres que ainda desejam engravidar, é essencial adotar abordagens específicas para a fertilidade.
Por isso, pode-se considerar estratégias como fazer o monitoramento cuidadoso do ciclo menstrual e realizar intervenções para a estimulação ovariana controlada.
Acompanhamento médico regular
Por fim, o tratamento da IOP deve ser personalizado e regularmente reavaliado e ajustado por uma médica especialista em saúde reprodutiva e hormonal.
Afinal de contas, manter um monitoramento contínuo de como está a densidade mineral óssea, perfil lipídico e outros parâmetros de saúde é indispensável para mitigar os efeitos que podem acontecer no longo prazo.
Insuficiência Ovariana Prematura tem cura?
Apesar das opções de tratamento que podem ajudar a controlar os sintomas dessa condição, essa é uma condição que não possui uma cura definitiva.
O tratamento principal nesses quadros visa promover a reposição hormonal para corrigir possíveis deficiências, proteger a saúde óssea e cardiovascular da mulher e facilitar a fertilidade quando for necessário.
Por isso, a abordagem terapêutica precisa ser personalizada para ser eficiente e ajustada conforme a necessidade ao longo dos anos.
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