Dra Jaqueline Neves

Anticoncepção

Métodos Contraceptivos Orais

Métodos Contraceptivos Orais

Quando o assunto é contracepção, a escolha do melhor método depende de muitos fatores: corpo, estilo de vida, fase da vida, histórico de saúde e planos para o futuro. 

Os métodos contraceptivos orais, também conhecidos como anticoncepcionais orais ou pílulas anticoncepcionais, são uma das opções mais populares entre mulheres que buscam praticidade, controle sobre o ciclo menstrual e eficácia na prevenção da gravidez.

Vamos entender, na prática, como este método funciona.

O que são métodos contraceptivos orais?

Os anticoncepcionais orais são medicamentos em forma de comprimido, usados diariamente, que atuam impedindo a ovulação e/ou dificultando a fecundação do óvulo. 

Essas pílulas contêm versões sintéticas dos hormônios estrogênio e/ou progesterona, substâncias naturalmente produzidas pelo corpo da mulher.

De modo geral, existem dois principais tipos:

  • Combinados (estrogênio + progesterona): bloqueiam a ovulação e regulam o ciclo menstrual.
  • Minipílulas (somente progesterona): usadas em casos específicos, como amamentação ou contraindicação ao estrogênio.

O maior desafio do anticoncepcional oral apontado pelas mulheres é seu uso diário – que exige disciplina e o risco de uma gestação, caso o medicamento não seja tomado da forma certa ou mesmo esquecido.

Como as anticoncepcionais orais atuam no planejamento familiar?

Para muitas mulheres, os anticoncepcionais orais são um aliado importante no planejamento reprodutivo. 

É através das pílulas anticoncepcionais que muitas mulheres controlam o momento da gravidez, adiam a maternidade, tratam sintomas hormonais e, ao mesmo tempo, mantêm a fertilidade preservada para o futuro.

A contracepção oral costuma ser indicada para quem deseja:

  • Ter controle sobre o ciclo menstrual
  • Evitar gravidez de forma segura e reversível
  • Tratar condições como SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) e  Endometriose 
  • Reduzir sintomas hormonais como acne, cólicas e fluxo intenso
  • Realizar um planejamento familiar consciente 

É fundamental lembrar que a escolha do anticoncepcional deve ser feita após avaliação ginecológica detalhada, considerando riscos, histórico familiar e possíveis efeitos adversos.

Vantagens dos anticoncepcionais orais

Na prática clínica, muitas pacientes relatam que os anticoncepcionais orais oferecem autonomia sobre o próprio corpo e mais tranquilidade para viver sua sexualidade de forma plena e responsável.

Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Alta eficácia contraceptiva (quando usados corretamente)
  • Regulação do ciclo menstrual
  • Redução de cólicas, acne e sintomas pré-menstruais
  • Segurança e reversibilidade: após a suspensão, a fertilidade geralmente retorna em pouco tempo
  • Controle de condições ginecológicas como endometriose e SOP

Existe contraindicação ao uso de métodos contraceptivos orais?

Sim, como todo medicamento, os anticoncepcionais orais exigem prescrição médica e têm algumas contraindicações. 

Portanto toda mulher deve ficar atenta e comunicar o ginecologista sobre o  histórico de:

  • Trombose
  • Distúrbios de coagulação
  • Enxaqueca com aura
  • Hipertensão
  • Tabagismo
  • Doenças hepáticas graves

Além disso, o acompanhamento ginecológico regular é fundamental para monitorar possíveis efeitos adversos, como náuseas, alterações de humor ou ganho de peso, e adaptar a medicação conforme necessário.

Métodos orais x fertilidade

Uma dúvida comum entre pacientes é se os anticoncepcionais orais atrapalham a fertilidade. 

A resposta é: não de forma definitiva. Ao suspender o uso, a maioria das mulheres retoma a ovulação em pouco tempo.

No entanto, em mulheres com alterações hormonais pré-existentes, como baixa reserva ovariana ou SOP, o uso prolongado pode mascarar sintomas que só aparecerão após a interrupção. 

Quando considerar outros métodos contraceptivos?

Apesar de sua eficácia, os anticoncepcionais orais exigem uso diário e disciplinado, o que pode ser desafiador para algumas mulheres. 

Nesse caso, vale a pena discutir com a ginecologista sobre outras opções contraceptivas como:

  • DIU (hormonal ou de cobre)
  • Implanon (implante subcutâneo)
  • Injetáveis mensais ou trimestrais
  • Métodos definitivos (como a laqueadura)
  • Métodos de barreira, como o preservativo

Essas opções podem se alinhar melhor ao estilo de vida ou às condições de saúde de algumas pacientes, sempre com o mesmo objetivo: proporcionar escolhas seguras e respeitosas para o planejamento familiar.

Contracepção com escuta e acolhimento

Na jornada da saúde reprodutiva, cada mulher tem um tempo, um desejo e uma história. Não existe método universal — existe o método certo para você, no seu momento.

Vale lembrar que pílulas, DIU ou Implante, embora contraceptivos extremamente eficientes, não previnem uma IST.  

Se você está em dúvida sobre qual o melhor anticoncepcional para você e deseja iniciar um  planejamento familiar seguro, clique aqui e agende sua avaliação.

A Dra. Jaqueline Neves é ginecologista especializada em fertilidade e reprodução assistida, e espera você para orientar suas escolhas para uma maternidade consciente.

Escolher quando e se deseja engravidar é um direito — e também um cuidado com a sua liberdade.



Faq- Dúvidas Frequentes

Um DIU, ou dispositivo intrauterino, é um método contraceptivo de longo prazo que é inserido no útero. Muitas mulheres optam por ele devido à sua eficácia, praticidade e ao fato de não requerer uma rotina diária.

Os benefícios incluem alta eficácia, segurança, praticidade, baixo custo e reversibilidade.

O DIU funciona bloqueando o contato do espermatozóide com o óvulo, impedindo a fertilização.

Existem dois tipos principais de DIU: os hormonais, como o Mirena e o Kyleena, e o de cobre.

Ambos liberam levonorgestrel, mas o Kyleena tem uma quantidade menor. Eles oferecem proteção por até 5 anos e ajudam a reduzir cólicas menstruais e o fluxo menstrual.

O DIU de cobre não libera hormônios e cria um ambiente hostil para os espermatozóides, impedindo a fertilização. Ele oferece proteção por até 10 anos.

Antes da inserção do DIU, são solicitados exames como papanicolau e ultrassonografia transvaginal para avaliar a saúde uterina.

O DIU não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), portanto, é importante usar preservativos para prevenir doenças. Se houver dor, é essencial retornar ao médico.

Um profissional de saúde, como um ginecologista experiente na colocação de DIU, deve realizar o procedimento.

Você pode agendar uma consulta com um ginecologista experiente na inserção de DIU. O atendimento personalizado permite avaliar qual tipo de DIU é mais adequado para o seu caso, considerando sua saúde e objetivos.

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