Dra Jaqueline Neves

Histeroscopia ginecológica: quando o exame é indicado?

A histeroscopia ginecológica é um exame cada vez mais solicitado pelos ginecologistas, pois permite enxergar o útero por dentro com riqueza de detalhes. 

Para muitas mulheres, o nome pode soar estranho ou até assustador, mas na prática trata-se de um procedimento simples, que pode esclarecer dúvidas importantes sobre a saúde íntima e até tratar problemas no mesmo momento em alguns casos.

Com a evolução da medicina, a histeroscopia tornou-se uma ferramenta essencial para diagnosticar alterações uterinas, investigar sintomas persistentes, assim como garantir que o tratamento seja realmente o ideal.

Mas em quais situações ela é recomendada? É o que veremos a seguir! Acompanhe!


Histeroscopia ginecológica: o que é e como funciona?

Quando falamos em histeroscopia ginecológica, estamos nos referindo a um exame realizado com um aparelho bem fino chamado histeroscópio. 

A médica introduz esse equipamento pela vagina e pelo colo do útero, sem necessidade de cortes. Ele possui uma câmera que transmite imagens em tempo real, permitindo observar a cavidade uterina com clareza.

Existem dois tipos principais de histeroscopia:

  • Histeroscopia diagnóstica: usada para investigar sintomas ou confirmar a presença de alterações.
  • Histeroscopia cirúrgica: além de observar, também permite realizar pequenas intervenções, como retirar pólipos, miomas ou aderências.


Mas o grande diferencial desse exame é justamente a precisão. Afinal, ele mostra o que outros métodos de imagem muitas vezes não conseguem revelar com tanto detalhe.


Quando a histeroscopia ginecológica é indicada?

A histeroscopia ginecológica costuma ser uma indicação médica quando há sinais ou sintomas que sugerem alguma alteração no útero. Entre as principais indicações estão, por exemplo:

  • Sangramentos anormais: menstruações muito intensas, sangramentos fora do período menstrual ou após a menopausa.
  • Dificuldade para engravidar: o exame ajuda a investigar possíveis causas de infertilidade.
  • Abortos de repetição: serve para identificar alterações estruturais que possam estar relacionadas à perda gestacional.
  • Suspeita de pólipos ou miomas: permite observar e até remover essas formações durante o exame.
  • Aderências uterinas (sinéquias): que podem atrapalhar a menstruação e a fertilidade.
  • Malformações uterinas: como o septo uterino, que pode aumentar o risco de aborto.
  • Avaliação do endométrio: em casos de espessamento suspeito ou alterações detectadas em outros exames de imagem.


Em resumo, o exame é uma opção quando há necessidade de entender melhor o que está acontecendo dentro do útero ou de intervir de forma minimamente invasiva.


Como é a realização do exame?

Muitas mulheres ficam apreensivas por não saber exatamente como acontece a histeroscopia. 

O procedimento é relativamente simples. Na versão diagnóstica, pode ser feito em consultório, geralmente sem anestesia ou apenas com uma medicação para aliviar o desconforto. 

Já a histeroscopia cirúrgica costuma ser realizada em ambiente hospitalar, com anestesia leve.

O histeroscópio é introduzido delicadamente pela vagina e pelo colo do útero. Em seguida, a médica preenche a cavidade uterina com soro fisiológico para que as paredes se afastem e a visualização seja mais nítida. 

A partir daí, a médica consegue analisar o interior do útero em tempo real e realizar pequenas correções no mesmo momento se necessário.


Recuperação após a histeroscopia

A recuperação depende do tipo de histeroscopia realizada. No caso da diagnóstica, a paciente geralmente retoma as atividades no mesmo dia, podendo sentir apenas cólicas leves ou um pequeno sangramento por algumas horas.

Já a histeroscopia cirúrgica pode exigir alguns dias de repouso relativo. É comum sentir cólicas semelhantes às menstruais e apresentar sangramento discreto nos primeiros dias. 

O médico costuma orientar evitar relações sexuais, absorventes internos e atividades físicas intensas até que o útero esteja completamente recuperado.

De modo geral, a recuperação é rápida e muito mais tranquila quando comparada a cirurgias tradicionais.


Vantagens da histeroscopia ginecológica

Entre os principais benefícios desse exame, podemos destacar, por exemplo:

  • Visualização direta: o médico observa o útero em tempo real sem depender apenas de imagens indiretas.
  • Precisão no diagnóstico: ajuda a identificar alterações pequenas que outros exames podem não mostrar.
  • Possibilidade de tratamento imediato: no caso da histeroscopia cirúrgica, não é preciso marcar outra cirurgia para corrigir o problema.
  • Menos invasiva: dispensa cortes, reduz riscos e acelera a recuperação.
  • Maior segurança: permite confirmar diagnósticos antes de indicar tratamentos mais complexos.


Enfim, essas vantagens explicam por que a histeroscopia se tornou tão importante na rotina ginecológica moderna.


Riscos e cuidados necessários

Apesar de ser considerado seguro, o exame pode apresentar alguns riscos, como infecção, reação à anestesia ou perfuração uterina em casos raríssimos. 

No entanto, quando realizado por um profissional experiente e em local adequado, a chance de complicações é muito baixa.

Por isso, antes de realizar o exame, é fundamental conversar com a ginecologista, esclarecer todas as dúvidas e seguir à risca as orientações de preparo e recuperação.


Quando conversar com a médica sobre a histeroscopia?

Se você apresenta sintomas como sangramento fora do normal, menstruação muito intensa, dor pélvica persistente ou dificuldade para engravidar, a histeroscopia pode ser uma opção.

Além disso, também vale a pena conversar com a médica caso exames de imagem mostrem alterações no endométrio ou suspeita de pólipos e miomas.

O importante é não adiar a busca por ajuda. Afinal, muitas mulheres convivem por anos com sintomas que seria possível esclarecer de forma simples com a histeroscopia.

A histeroscopia ginecológica é um exame seguro, moderno e extremamente útil para investigar e tratar alterações uterinas. Além disso, ela oferece diagnóstico preciso, pode trazer soluções imediatas e evita procedimentos mais invasivos.

Se você recebeu essa indicação ou tem dúvidas se o exame é o mais indicado para o seu caso, estou aqui para ajudar. 

Eu, a Dra. Jaqueline Neves, ginecologista, acredito que informação clara e acolhimento fazem toda a diferença nesse momento. 

Portanto, será um prazer caminhar ao seu lado, oferecer orientação e garantir que você se sinta segura em cada decisão sobre sua saúde. Clique aqui e marque uma consulta comigo!

Sobre mim - Dra Jaqueline Neves
Dra Jaqueline Neves

Dra. Jaqueline Neves é médica ginecologista e obstetra, especialista em saúde feminina e fertilidade. Atua no diagnóstico e tratamento de doenças que afetam a saúde reprodutiva em todas as fases da vida. Com um atendimento humanizado e individualizado, orienta mulheres que desejam entender melhor seu corpo e se preparam para uma futura maternidade. Para mais informações ou agendamentos, entre em contato pelo telefone (11) 98232-0080.

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