Dra Jaqueline Neves

Ginecologia

IST's

IST's

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) fazem parte da vida de milhares de pessoas, e ainda assim, são frequentemente envoltas por medo, estigma e silêncio. 

Falar sobre ISTs é falar de liberdade com responsabilidade, de escolhas conscientes e de um cuidado que começa no corpo, mas atravessa a autoestima, os relacionamentos e os projetos de vida. 

Aqui, o objetivo é ir além do diagnóstico: é construir caminhos possíveis para uma saúde íntima mais segura, autônoma e respeitada.

 

O que são ISTs?

As ISTs (antigamente conhecidas como doenças venéreas ou doenças sexualmente transmissíveis), são infecções sexualmente transmissíveis, provocadas por diferentes microrganismos — vírus, bactérias, fungos ou protozoários — e que se propagam, em grande parte, pelo contato sexual sem proteção. 

A sigla atual substitui o termo antigo “DST” porque nem sempre essas infecções causam sintomas visíveis, embora possam se desenvolver silenciosamente e afetar profundamente a saúde. 

Isso inclui órgãos do sistema reprodutivo e, mais profundamente, comprometem a saúde em geral.

 

Quais são as ISTs mais comuns?

Dentre os diversos agentes infecciosos já conhecidos, alguns se destacam pela frequência com que acometem homens e mulheres, exigindo atenção contínua dos profissionais de saúde e da população.

ISTs como HPV, herpes genital, clamídia e sífilis, por exemplo, não apenas geram desconfortos imediatos, como também representam risco aumentado para complicações a longo prazo — inclusive para quem deseja engravidar. 

Entender quais são as infecções mais prevalentes é o primeiro passo para reconhecer sintomas e procurar ajuda adequada.

 

Quais são os sintomas das ISTs?

Os sinais que indicam a presença de uma infecção sexualmente transmissível variam de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo de agente infeccioso. 

Em muitos casos, não há qualquer sintoma visível por semanas ou até meses — o que não significa ausência de risco. 

Quando aparecem, as manifestações das ISTs podem incluir alterações no corrimento vaginal, feridas, desconforto ao urinar, sangramentos fora do ciclo, dores pélvicas, entre outros. 

Toda mudança persistente na região íntima merece atenção médica imediata.

 

Qual o impacto das ISTs na fertilidade?

Pouco se fala sobre a ligação direta entre ISTs e fertilidade. No entanto, algumas infecções silenciosas podem comprometer órgãos reprodutivos de maneira irreversível, especialmente se não forem tratadas em tempo hábil. 

Nas mulheres, infecções como clamídia e gonorreia estão associadas à inflamação das trompas e à doença inflamatória pélvica, prejudicando a fecundação. 

Nos homens, há comprometimento da qualidade dos espermatozoides. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce de qualquer IST são cuidados fundamentais em qualquer planejamento reprodutivo.

 

ISTs na gestação: riscos e prevenção para o bebê

Durante a gravidez, algumas infecções sexualmente transmissíveis podem ser transmitidas da mãe para o bebê, seja durante a gestação, no parto ou até mesmo na amamentação. Essa forma de contágio é chamada de transmissão vertical e pode trazer sérias consequências para o desenvolvimento do feto e a saúde do recém-nascido.

 

Infecções como sífilis, HIV, herpes genital, hepatite B e C, entre outras, exigem vigilância constante durante o pré-natal. 

 

Em muitos casos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado reduzem significativamente os riscos de transmissão e permitem uma gravidez segura e saudável.

 

A realização de exames específicos no início da gestação (e, em alguns casos, durante o acompanhamento) faz parte das diretrizes de cuidado obstétrico.

 

Falar abertamente sobre ISTs no pré-natal é uma forma de garantir mais segurança, acolhimento e tranquilidade durante esse momento tão especial.

 

Como é feito o diagnóstico das ISTs?

A investigação de uma possível IST requer escuta qualificada, histórico detalhado e a solicitação dos exames apropriados para cada caso. 

A depender da infecção suspeita, podem ser feitos exames de secreções, sangue, urina, ou testes rápidos. 

A colposcopia e o Papanicolau também são utilizados como instrumentos para identificar alterações provocadas por infecções como o HPV. 

A partir desse conjunto de informações, é possível confirmar o diagnóstico e definir a melhor abordagem terapêutica.

 

Tratamento e cuidados

As ISTs não devem ser negligenciadas, mas também não precisam ser motivo de pânico. 

Cada tipo de infecção possui um protocolo de tratamento baseado em evidências, que pode incluir antibióticos, antivirais, imunomoduladores ou medicamentos antifúngicos. 

O sucesso da abordagem terapêutica depende, principalmente, do diagnóstico precoce, da adesão ao tratamento e da participação dos parceiros e parceiras sexuais no processo. 

A reinfecção é uma realidade comum, e o tratamento isolado raramente resolve o problema por completo.

 

Como prevenir as ISTs?

A prevenção das ISTs é uma forma ativa de autocuidado e também de respeito aos vínculos que estabelecemos. 

O uso correto de preservativos é uma das medidas mais eficazes, mas não é a única. A vacinação contra HPV e hepatite B, exames de rotina, diálogo aberto com os parceiros e o acompanhamento ginecológico periódico formam uma rede de proteção capaz de reduzir drasticamente os riscos. 

A prevenção não é apenas uma medida técnica — é também um gesto de respeito, autonomia e consciência.

 

ISTs e acolhimento: a importância do cuidado humanizado

Buscar ajuda médica para tratar uma IST pode ser difícil para muitas pessoas. O medo do julgamento, o constrangimento e a falta de informação afastam os pacientes do cuidado que realmente precisam. 

Aqui, o acolhimento é parte central da prática clínica. O atendimento é pautado pela escuta ativa, sigilo absoluto, empatia e um olhar livre de estigmas. 

Toda mulher merece cuidados, independentemente de seu diagnóstico, histórico ou escolhas.

Portanto, se você apresenta sintomas, precisa realizar exames de rotina ou deseja conversar sobre prevenção, agende uma consulta com a Dra. Jaqueline Neves, ginecologista especializada em saúde da mulher e reprodução assistida.

Faq- Dúvidas Frequentes

Não necessariamente. O parto humanizado não está restrito ao local de parto ou ao tipo de parto. Ele se refere à abordagem de cuidado que valoriza a mulher como protagonista de suas decisões, independentemente do local ou método de parto escolhido.

O parto humanizado é baseado em evidências científicas e envolve o monitoramento cuidadoso da mãe e do bebê durante o trabalho de parto. Intervenções médicas desnecessárias são evitadas, mas a segurança continua sendo uma prioridade. Em casos de complicações, a transferência para um hospital é uma opção.

 Sim, o parto humanizado respeita as preferências da mulher. Ela pode optar por métodos de alívio da dor, como a epidural, se desejar.

O parto humanizado valoriza o ritmo natural do corpo da mulher. Não se trata apenas de tornar o parto mais rápido, mas de proporcionar uma experiência respeitosa e empoderadora. A duração do parto pode variar em cada caso.

O parto humanizado oferece suporte para lidar com a dor de maneiras diversas, como técnicas de respiração, massagens e movimento. O foco é proporcionar conforto e controle à mulher durante o processo.

Em casos de complicações, a transferência para um ambiente hospitalar é uma opção no parto humanizado. A segurança da mãe e do bebê continua sendo a principal preocupação.

Os custos do parto humanizado podem variar, mas existem opções acessíveis. É importante explorar suas escolhas e discutir os custos com a equipe de assistência ao parto. Em alguns casos, o parto humanizado pode ser coberto por seguros de saúde.

Compartilhe informações sobre o parto humanizado com seus entes queridos e explique suas razões para escolher esse modelo de assistência ao parto. Ter uma conversa aberta e informada pode ajudar a dissipar preocupações.

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