O tratamento de HPV é considerado como um dos mais comuns em todo o mundo, afetando homens e mulheres de todas as idades.
Isso porque a prevalência e a variedade de cepas acabam fortalecendo mundialmente a necessidade de compreendermos as abordagens médicas, assim como os cuidados recomendados no tratamento do HPV.
A detecção precoce e o tratamento eficaz do HPV são elementos cruciais para a promoção da prevenção de complicações sérias, incluindo o risco aumentado de câncer cervical.
Por isso, é muito importante ter conhecimento sobre as diversas abordagens médicas disponíveis atualmente para tratar o HPV, que abrangem desde procedimentos cirúrgicos, até terapias medicamentosas inovadoras.
Neste texto, vamos adentrar em todos os principais aspectos que envolvem o tratamento do HPV, discutindo as opções terapêuticas disponíveis, os avanços recentes na pesquisa e os cuidados recomendados que fazem parte da jornada de enfrentamento dessa infecção.
O papel do tratamento de HPV na promoção da qualidade de vida
O tratamento de HPV têm um impacto gigantesco na qualidade de vida dos pacientes que convivem com o vírus.
Papilomavírus Humano é um grupo de vírus que inclui mais de 200 tipos diferentes, sendo que alguns deles podem causar infecções genitais, orais e de outras mucosas do nosso corpo.
Inclusive, o HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, além de estar associado a outros cânceres, como os de ânus, garganta, pênis e vulva.
Portanto, o tratamento do HPV desempenha um papel crucial na promoção da qualidade de vida das pessoas afetadas por essa infecção. Dessa forma, é possível evitar principalmente que a condição acabe levando a problemas ainda mais sérios.
Dessa forma, alguns dos principais benefícios de adotar o tratamento de HPV certo inclui:
Prevenção do câncer do colo do útero
O HPV se associa fortemente ao desenvolvimento do câncer do colo do útero. O tratamento adequado, principalmente quando é administrado de forma precoce, pode prevenir a progressão da infecção por lesões pré-cancerosas.
Assim, é possível reduzir o risco de câncer cervical.
Melhoria da saúde sexual
O tratamento do HPV contribui para a melhoria da saúde sexual, em especial em casos em que as lesões genitais são tratadas.
Além disso, o aconselhamento sobre como fazer a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e de como adotar práticas sexuais seguras, é uma parte essencial do tratamento.
Alívio de sintomas e desconforto
Algumas cepas de HPV podem causar verrugas genitais, que podem ser desconfortáveis e impactar o dia a dia dos pacientes.
Nesses casos, o tratamento também visa a remoção dessas verrugas, proporcionando alívio dos sintomas físicos e melhorando a autoestima da paciente.
Saúde reprodutiva
Mulheres com HPV podem enfrentar desafios relacionados à saúde reprodutiva, como complicações durante a gravidez e o parto.
O tratamento adequado pode ajudar a minimizar esses riscos, permitindo uma gestação mais segura e protegendo a saúde do recém-nascido.
Prevenção da transmissão
O tratamento eficaz do HPV também desempenha um papel primordial na prevenção da transmissão do vírus.
Isso é essencial para proteger os parceiros sexuais e interromper a cadeia de transmissão da infecção.
Abordagens de tratamento de HPV
O tratamento do Papilomavírus Humano (HPV) varia conforme a manifestação da infecção, como verrugas genitais, lesões pré-cancerosas ou câncer.
Além disso, também leva em consideração fatores individuais, como idade, saúde geral e desejos do paciente de reproduzir.
As principais abordagens de tratamento de quadros de HPV podem incluir:
Observação ativa
Em alguns casos, principalmente quando se trata de infecções de baixo risco ou da aparição de verrugas genitais pequenas, o médico pode optar por observar a condição sem realizar nenhum tipo de intervenção imediata.
Nesses casos, o paciente é monitorado regularmente para garantir que não haja piora.
Procedimentos para remoção de verrugas genitais
Quando o HPV causa verrugas genitais, os médicos podem realizar procedimentos para removê-las, como a aplicação de medicamentos tópicos, como ácido tricloroacético (ATA) ou imiquimode.
Ou ainda procedimentos físicos, como crioterapia (congelamento), eletrocauterização ou excisão cirúrgica.
Tratamento de lesões pré-cancerosas
Se houver evidências de lesões pré-cancerosas no colo do útero (que podemos detectar por um exame de Papanicolau anormal), procedimentos como a conização (remoção de uma porção do colo do útero) podem ser uma recomendação.
Esses procedimentos visam eliminar as células afetadas e prevenir a progressão para o câncer.
Tratamento do câncer relacionado ao HPV
Se a infecção por HPV estiver associada ao câncer, o tratamento dependerá do estágio do câncer.
E as principais opções podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas modalidades.
Imunoterapia
Em alguns casos, a imunoterapia pode ser uma opção. É um tipo de terapia que envolve o estímulo do sistema imunológico para combater as células infectadas pelo HPV, como ocorre quando há a aplicação da vacina contra o HPV.
Mas, é muito importante destacar que a prevenção é uma parte fundamental do controle do HPV.
A vacinação é uma medida preventiva eficaz, sendo recomendada para adolescentes e jovens antes do início da atividade sexual.
Além disso, conseguir ter uma detecção precoce por meio de exames de rastreamento, como o teste Papanicolau, tem um papel mais do que importante na prevenção do desenvolvimento de lesões pré-cancerosas e câncer relacionado ao HPV.
Por isso, é sempre indispensável manter os exames sempre em dia para acompanhar de perto a saúde sexual.
Cuidados recomendados
Além do tratamento específico para o HPV, existem cuidados gerais recomendados para melhorar a qualidade de vida, prevenir a transmissão do vírus e reduzir o risco de complicações.
Vacinação
Tomar a vacina contra o HPV é uma das estratégias preventivas mais eficazes que temos atualmente.
Apesar de ser uma recomendação para adolescentes que ainda não deram início à atividade sexual, a vacina também pode ser aplicada em jovens mais velhos.
A imunização contribui para a prevenção da infecção por determinadas cepas do vírus, reduzindo o risco de câncer e de verrugas genitais.
Realizar exames de rastreamento
Exames de rastreamento, como o teste de Papanicolau, são essenciais na rotina de cuidados íntimos, principalmente para mulheres.
Afinal, eles ajudam na detecção precoce de lesões pré-cancerosas e de sinais de câncer cervical.
Uso de preservativos
Embora os preservativos não forneçam uma proteção completa contra o HPV, eles podem reduzir o risco de transmissão.
Por isso, o uso consistente de preservativos durante a atividade sexual pode ser uma prática importante, principalmente em relacionamentos nos quais um dos parceiros é portador do vírus.
Evitar o tabagismo
O tabagismo é um fator de risco para complicações relacionadas ao HPV, incluindo o desenvolvimento de câncer cervical.
Portanto, parar de fumar pode melhorar a resposta do organismo ao vírus.
Acompanhamento médico regular
Ter um acompanhamento médico constante é uma das melhores estratégias para monitorar a progressão da infecção.
Bem como para garantir a detecção de qualquer sinal de complicação rapidamente.
Manutenção da saúde imunológica
Adotar um estilo de vida mais saudável, com um plano alimentar equilibrado e praticar exercícios físicos regularmente, ajudar a fortalecer o sistema imunológico, auxiliando na resposta do corpo ao HPV.
Apesar de todas essas recomendações, é essencial que os cuidados recomendados sejam conforme as necessidades de cada pessoa.
Por isso, consultar regularmente um profissional de saúde é uma das formas mais eficazes de fazer a gestão do HPV e promover a sua saúde geral ao mesmo tempo.
A Dra. Jaqueline Neves é ginecologista e obstetra especializada no tratamento e na prevenção do HPV. Se você precisa de ajuda para lidar com a condição da melhor forma, agende agora mesmo uma avaliação e aproveite para nos conhecer um pouco mais!