As doenças que causam infertilidade feminina geralmente aparecem por alterações na ovulação, na qualidade dos óvulos ou em estruturas importantes para a gestação, como útero e trompas.
Isso explica por que o problema pode surgir em etapas diferentes do processo reprodutivo e cada uma delas influencia diretamente as chances de uma gravidez acontecer.
Mas antes de entrar nos detalhes, vale reforçar algo importante: infertilidade não é sinônimo de esterilidade.
Infertilidade significa dificuldade para engravidar, mas com acompanhamento adequado, muitas mulheres conseguem alcançar uma gestação. Já a esterilidade é uma condição definitiva e é bem menos frequente.
Além disso, também é fundamental não ignorar sinais como dores intensas, ciclos muito desregulados, sangramentos fora do normal ou dificuldade persistente para engravidar.
Afinal, esses sintomas são recados do corpo de que algo precisa ser investigado com mais atenção.
A seguir, você vai conhecer as doenças que mais afetam a fertilidade feminina e por que entender cada uma delas faz tanta diferença. Acompanhe!
5 Doenças que causam infertilidade feminina
As doenças que causam infertilidade feminina são mais comuns do que parecem e merecem atenção para diagnóstico e tratamento adequados. Conheça as 5 principais abaixo:
Endometriose
A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. Ela acontece quando o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, podendo atingir ovários, trompas, assim como órgãos próximos.
Por que isso atrapalha a gestação?
- Gera inflamação crônica na pelve;
- Cria aderências que dificultam o funcionamento das trompas;
- Altera o ambiente onde a fecundação e a implantação acontecem;
- Pode atrapalhar a ovulação,
- Interfere no caminho do embrião até o útero.
Muitas mulheres convivem com a endometriose por anos sem diagnóstico, acreditando que a dor intensa é “normal”. Por isso, quanto antes ela é investigada, maiores as chances de preservar a fertilidade e planejar a gestação com tranquilidade.
Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
A SOP é outra condição muito comum. Ela acontece por um desequilíbrio hormonal que impede o amadurecimento adequado dos folículos.
Assim, em vez de liberar um óvulo por ciclo, o ovário acumula vários folículos que não completam o processo, deixando os ciclos irregulares e muitas vezes sem ovulação.
Os sinais mais frequentes incluem, por exemplo:
- Ciclos longos ou ausência de menstruação;
- Acne persistente;
- Aumento de pelos no corpo;
- Tendência ao ganho de peso,
- Dificuldade para engravidar.
Mas a boa notícia é que a SOP tem tratamento e muitas mulheres voltam a ovular com ajustes hormonais, mudanças no estilo de vida e indução da ovulação quando necessário.
Doenças da tireoide
Tanto o hipo quanto o hipertireoidismo podem mexer diretamente nos hormônios reprodutivos, causando irregularidade no ciclo e até ausência de ovulação.
Quando a tireoide está desregulada, é comum aparecerem sintomas como, por exemplo:
- Ciclos irregulares;
- Aumento da prolactina;
- Falha na ovulação,
- Dificuldade para manter a gestação.
O lado positivo é que, ao corrigir os níveis hormonais da tireoide, muitas mulheres voltam a ovular naturalmente e retomam suas chances de engravidar.
Alterações nas trompas
As trompas são essenciais para a fecundação, já que é ali que óvulo e espermatozoide se encontram. Quando estão obstruídas ou danificadas, esse encontro não acontece e a gravidez natural fica muito mais difícil.
As causas mais comuns incluem, por exemplo:
- Doença inflamatória pélvica;
- Infecções ginecológicas repetidas;
- Cirurgias na região pélvica;
- Endometriose,
- Aderências pós-operatórias.
Mesmo quando as trompas estão comprometidas, ainda existem alternativas, como a fertilização in vitro. É por isso que o diagnóstico é tão importante.
Insuficiência ovariana prematura
A insuficiência ovariana prematura aparece quando os ovários passam a funcionar de forma irregular antes dos 40 anos, reduzindo a reserva ovariana e diminuindo ou interrompendo a ovulação.
Entre os sinais mais comuns estão, por exemplo:
- Ondas de calor;
- Ciclos desregulados ou ausência de menstruação;
- Redução da reserva ovariana,
- Infertilidade.
Embora nem sempre seja possível prever quando isso vai acontecer, o diagnóstico precoce permite organizar estratégias, como preservação da fertilidade e tratamentos personalizados.
Por que investigar cedo as doenças que causam infertilidade feminina faz tanta diferença?
Grande parte das doenças que afetam a fertilidade evolui de forma silenciosa. Por isso, muitas vezes, a dificuldade para engravidar é o primeiro sinal de que algo não está funcionando bem.
Por isso, investigar cedo é uma forma de se cuidar, de entender o que está acontecendo e de aumentar as chances de uma gestação futura.
Consultas regulares com o ginecologista ajudam a identificar alterações, ajustar tratamentos, bem como evitar complicações. E quando existe o desejo de engravidar, esse acompanhamento deve ser ainda mais cuidadoso.
Cada mulher tem uma história, um tempo e um caminho possível. Por isso, o acompanhamento certo faz toda a diferença.
Doenças que causam infertilidade feminina: cuide da sua saúde reprodutiva com orientação segura e acolhedora
Entender o que pode estar afetando sua fertilidade é um passo importante para tomar decisões com mais segurança. Por isso, se você sente que algo não está bem, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, é um gesto de cuidado consigo.
Se quiser conversar sobre o seu caso e entender o que pode estar influenciando sua fertilidade, estou aqui para ajudar!
